Prefeito de Paulínia completa mais de 5 meses sem nomear secretário de Saúde
Ex-chefe da pasta foi exonerado em agosto pelo prefeito Edson Moura Júnior. Em novembro, administração chegou até a cancelar cirurgias por falta de materiais básicos
Cinco meses após a exoneração do secretário de Saúde e em meio a problemas no setor em Paulínia, o prefeito Edson Moura Júnior (PMDB) ainda não nomeou um substituto para a pasta. A saída do então responsável foi decretada pelo peemedebista em 18 de agosto passado e, apesar de já ter deixado o cargo, Renato Netto Cardoso ainda constava no site oficial da Prefeitura até a semana passada.
Em novembro, a Prefeitura cancelou cirurgias no hospital municipal por falta de materiais básicos, como luvas, agulhas e fitas adesivas. Exames também foram cancelados, na maioria pré-operatórios, na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Centro. Na ocasião, a administração municipal admitiu a ausência dos itens e culpou a falta de concorrentes nas licitações.
Falta de secretário
"Um presidente da república não administra sem um ministro da Saúde, um governador sem um secretário de estado da Saúde. Um prefeito administrar sem secretário não tem política pública de saúde nenhuma, não consegue andar", criticou a vereadora Ângela Duarte (PRTB) , em entrevista ao G1.
De acordo com a Prefeitura, atualmente a pasta é gerenciada pelo próprio prefeito, com o apoio de técnicos. Apesar disso, a administração municipal não respondeu porque Cardoso ainda não foi substituído.
Segundo a vereadora, alguns problemas persistem no atendimento à população. "Faltam medicamentos, equipamento, infraestrutura", afirmou a parlamentar. Segundo ela, a unidade de saúde recém inaugurada na cidade é apenas um prédio e ainda está sem estrutura. Somente "duas ou três" enfermarias foram remanejadas para o local, disse.
Para responder as críticas, a assessoria de imprensa afirmou que o estoque de medicamentos está normal. Sobre o hospital, a administração municipal informou que a "transferência precisa ser feita de forma gradual". "O objetivo é evitar transtornos para pacientes e funcionários", diz o texto.
Ainda de acordo com a vereadora, os pagamentos para fornecedores da saúde estão atrasados. Em relação ao assunto, a Prefeitura respondeu que os pagamentos são feitos "seguindo um cronograma definido pela administração".
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