Quatro casos de morte são investigados em Campinas por suspeita de dengue

 

Cidade vive epidemia da doença e Prefeitura pediu ajuda da força nacional. Vítimas são todas mulheres, na faixa etária dos 60 anos.

 A Prefeitura de Campinas informou nesta segunda-feira (14) que investiga pelo menos mais quatro casos suspeitos de morte por dengue. Segundo a Secretaria de Saúde, duas pessoas eram moradoras do município, uma de Hortolândia e a outra Santa Bárbara D'Oeste. Os dois últimos pacientes buscaram atendimento em hospitais de Campinas, onde faleceram. Até o momento, Campinas já tem 3,6 mil casos da doença e uma morte confirmada em 2014. Diante da epidemia, a Prefeitura quer ajuda da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) no combate à dengue.

A reportageem apurou que os casos de mortes suspeitas são de mulheres, na faixa etária dos 60 anos. Os exames feitos nos hospitais onde as pessoas que morreram estavam internadas foram encaminhados para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. A expectativa é de que os resultados sejam divulgados até quinta-feira (17).

Ajuda da Força Nacional do SUS

A epidemia de dengue fez a Prefeitura de Campinas pedir ajuda da Força Nacional do Sistema Único de Saúde para o combate da doença na cidade. A administração municipal fez o primeiro contato com o governo federal e enviará, nesta segunda-feira, os documentos necessários para formalizar a solicitação. "O Ministério da Saúde vai avaliar e discutir conosco a necessidade, conveniência, disponibilidade e o tipo de ajuda que o governo federal poderá dar com essa força nacional", explica o secretário de Saúde, Cármino de Souza.

De acordo com o secretário, a epidemia de dengue na cidade este ano, causada principalmente pelo tipo 1 da doença, é considerada mais grave. Por conta disso, ele orienta a população a buscar atendimento nas unidades de saúde. "Pode demorar, mas é importante que vá e comece a hidratação [com soro], a hidratação é salvadora", afirmou Souza. Segundo informações de site do governo federal, a Força Nacional do SUS é um programa de cooperação com estados e municípios criado para a execução de medidas de prevenção, assistência às situações de surtos, epidemias, desastres ou de desassistência à população.

"Nesse momento eu acho que o mais importante para nós são pessoas que possam trabalhar junto conosco no enfrentamento da crise, na remoção de criadouros, eventualmente na nebulização costal para reforçar as equipes que nós temos", disse Souza sobre o pedido de ajuda à força nacional.

Unidade sob 'pressão'

A região mais afetada da cidade é a Noroeste, onde está localizado o pronto-atendimento do Campo Grande. De acordo com o titular da Saúde, no sábado o atendimento dos pacientes com suspeita de dengue passou a ser feito separadamente, porque, na avaliação dele, a unidade está sob "pressão" em decorrência da epidemia. O número de casos da doença na cidade já forçou a cidade a pedir reforço das equipes da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), do governo estadual, e do Exército.

Caminhões também estão sendo usados para nebulização.  A administração municipal também conseguiu uma liminar na Justiça para, se necessário, poder entrar à força em imóveis abandonados ou em casas onde o proprietário não permite.

Recomendações

Aos primeiros sintomas da dengue (febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos), a recomendação do Ministério da Saúde é procurar o serviço de saúde mais próximo e não se automedicar. Quem usa remédio por conta própria pode mascarar sintomas e, com isso, dificultar o diagnóstico. Para diminuir a proliferação do mosquito, é importante que a população verifique o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito.

Além disso, é essencial cobrar o mesmo cuidado do gestor local com os ambientes públicos, como o recolhimento regular de lixo nas vias, a limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias.

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Comentários   

 
0 #1 danilo 28-03-2015 14:13
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