Kiko Meschiati é condenado por falsificação


 Vereador foi condenado por guardar e introduzir no comércio cédulas de R$ 50,00 falsificadas em maio de 2004

 

O vereador mais votado de Paulínia, Kiko Meschiati (PRB), do mesmo partido do vice-prefeito Sandro Caprino, e o primo dele foram condenados nesta quarta-feira em segunda instância por guardar e introduzir no comércio cédulas de R$ 50,00 falsificadas em maio de 2004, ação em que participou uma prima, na época com 17 anos, e uma amiga dela, maior de idade, quem de fato usou o dinheiro. O desembargador federal Nino Toldo, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, decidiu, porém, pela redução da pena que havia sido estipulada em primeira instância, em outubro de 2013, para quatro anos e oito meses de reclusão e 15 dias-multa cada um, além de extinguir a pena da amiga por prescrição da pretensão punitiva.
Na decisão anterior, Kiko e o primo foram condenados à pena de seis anos e três meses de reclusão em regime semi-aberto e 124 dias-multa cada, sendo considerado o valor do dia-multa 1/6 e 1/10 do salário mínimo vigente à época do crime, respectivamente, enquanto a amiga foi condenada a quatro anos de reclusão em regime aberto e 72 dias-multa, sendo considerado o valor do dia-multa 1/10 do salário da época. Nas penas dos primos, foi considerado o crime de corrupção de menor, extinto pela decisão desta semana também por prescrição da pretensão punitiva.
O crime de moeda falsa pelo qual Kiko responde completará 13 anos no próximo dia 8 e foi cometido em estabelecimentos da Avenida José Paulino. Conforme o processo, os policiais militares abordaram o carro em que os primos estavam depois que dois comerciantes receberam cédula falsa de R$ 50,00 da amiga e encontraram no porta-luvas do veículo outras 38 notas falsificadas de mesmo valor, além de R$ 362,00 em cédulas verdadeiras de outros valores, maços de cigarros, dois tabletes de chocolate, um cartão telefônico e um celular. Segundo os depoimentos das testemunhas, a amiga, acompanhada da prima adolescente, comprou em uma barraca de praça um cartão de R$ 6,00 com uma das cédulas falsas e em seguida tentou comprar cigarros e balas em uma padaria com outra cédula, que acabou sendo recusada pela operadora de caixa, momento em que o primeiro comerciante apareceu por ter descoberto a falsificação. O primo de Kiko alegou à polícia ter obtido o dinheiro falso sem perceber a partir da venda de um computador por R$ 2,1 mil a uma pessoa, sobre a qual não soube informar nada além do primeiro nome. Kiko estava junto e a prima e a amiga teriam pedido uma carona depois da transação.
Ironicamente, o vereador alvo da ação é presidente da Comissão de Finanças e Orçamento. Ele foi o mais votado da cidade, com 1.724 votos, e concorreu à presidência da Câmara para o biênio 2017/2018, mas perdeu para Du Cazellato (PSDB), que teve a chapa eleita com nove votos de 15. Em nota, o vereador disse estar “absolutamente tranquilo e certo de que a sua inocência restará comprovada nas próximas fases do processo”, afirmando que seus advogados “já estão providenciando o devido recurso legal a ser impetrado em instância superior”.
Fonte: Correio Popular

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar

Variedades

Oportunidades