Vai-Vai comemora os 50 anos de Paulínia e leva moradores da cidade para o Sambódromo do Anhembi

No mesmo dia em que Paulínia comemorava o cinquentenário de emancipação, um grupo de paulinenses esteve em São Paulo com a missão de representar os paulinenses numa das homenagens mais emocionantes da história da cidade, prestada pela escola de samba Vai-Vai, a maior campeã de todos os tempos do Carnaval paulistano.

Quem esteve lá fala que o desfile foi emocionante e à altura do que hoje é Paulínia. Com a homenagem à cidade, A Vaí-Vai se classificou em 9º lugar.

Penúltima escola a desfilarna primeira noite de desfiles em São Paulo, a Vai-Vai comemorou os 50 anos da cidade de Paulínia, que fez aniversário na sexta-feira (28). O enredo "Nas Chamas da Vai-Vai, 50 anos de Paulínia" marcou o retorno do carnavalesco Chico Spinosa à escola do bairro do Bixiga após quatro anos. Apesar disso, Spinosa não participou do desfile porque também é comentarista do Carnaval pela TV Globo do Rio.
O carnavalesco e a escola alvinegra têm uma parceria vitoriosa. Em seis carnavavais, Chico conquistou três títulos, dois vice-campeonatos e um terceiro lugar. No ano passado, a maior campeã do Carnaval de São Paulo - são 14 títulos, ficou em sétimo lugar.
Mesmo com tema menos abrangente do que os abordados por outras escolas, a Vai-Vai "assanhou" o público com suas beldades e colorido das alas. A exuberante rainha da bateria Camila Silva hipnotizou os espectadores com seu gingado. Outra sensação da noite foi Giuliana Silva, de apenas 8 anos.
Outra musa da escola foi a Miss Brasil Jakelyne Oliveira, que terminou o desfile emocionada e feliz por agora fazer parte da escola. "Passou mais rápido do que eu esperava. Quando eu estava curtinddo, o desfile acabou. Saí e entrei com um nó garganta". O nervosismo da musa foi tanto que ele teve que contar com a ajuda de outro integrante para deixar a avenida. O presidente da Vai-Vai, Darly Silva (Neguitão), também estava muito feliz ao final do desfile. "Tinha certeza que faríamos um desfile mágico. Trabalhamos o ano inteiro para isso".

O primeiro carro também trouxe muitas mulheres com os seios de fora, que se banharam em uma fonte. Um dos carros grandiosos da noite, o abre-alas ainda teve uma locomotiva de 70 metros.
A Comissão de Frente, desenvolvida pelos bailarinos do Grupo Raça, representou na avenida a paixão do componente da Vai-Vai pela escola. Os bailarinos usaram roupas brancas e pretas, as cores da escola, e faziam acrobacias em uma estrutura metálica.

O abre-alas representou os três marcos da história de Paulínia: a Lei Áurea (1888), a Proclamação da República (1889) e o início da construção da Estrada de Ferro Funilense sobre o Rio Atibaia (1890), fundamental para o desenvolvimento da cidade.

O polo químico e petroquímico, instalado na cidade desde a década de 40 e o maior do país, esteve na segunda alegoria. E as fantasias desse setor ganharam cor de petróleo.

Uma das grandes apostas do carnavalesco foi o terceiro carro, com uma marionete de 10 metros de altura. O boneco mostrou um italiano jogando bocha, um esporte muito praticado em Paulínia, herança dos imigrantes europeus. A marionete foi manipulada por 20 pessoas da Escola de Circo de São Paulo.

A alegoria que representou o esporte, cultura e lazer na cidade teve 12 pessoas pedalando. A escolha do esporte é porque Paulínia tem uma equipe de bicicross que representa o Brasil nas Olímpiadas. "Liberdade, Liberdade, a vitória da arte" é o nome da quarta alegoria, que levou para a avenida a fachada do Teatro Municipal Paulo Gracindo e a reprodução dos portais da cidade.

O Polo de Cinematográfico e o Festival de Cinema de Paulínia encerraram o desfile. Criado em 2007, o Polo abrigou produções como "O Palhaço", dirigido e protagonizado por Selton Mello, "O Menino da Porteira", com o cantor Daniel, e "O Homem do Futuro", com Wagner Moura.

A última alegoria, que levou a Velha Guarda da escola, foi um grande tapete vermelho com o prêmio do festival de Paulínia, o Troféu Menina de Ouro, e outros prêmios do cinema distribuídos em festivais pelo mundo, como o Oscar, de Hollywood, e o Urso de Ouro, em Berlim.

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