Pavan se nega a assinar novo termo de posse na Câmara em evento na terça-feira

JPG Peep Toes 728x90

O prefeito de Paulínia, José Pavan Júnior (PSB), se recusou a assinar um termo de posse preparado pela Câmara na manhã de terça-feira. O chefe do Executivo disse que se assinasse o documento invalidaria todos os atos que tomou desde sexta-feira, quando foi empossado por determinação judicial.

Pavan, por meio da assessoria, disse ter sido convidado para um ato simbólico no Legislativo, mas quando chegou ao local, recebeu um termo de posse. Como já havia assinado o documento na semana passada, o prefeito foi embora sem assinar o novo termo.

"O prefeito entende que já houve posse oficial na semana passada. Hoje (terça-feira) ele foi convidado para um ato simbólico", disse a assessoria de imprensa da prefeitura.

A cerimônia na Câmara aconteceu a portas fechadas no gabinete do presidente da Casa, Sandro Caprino (PRB). A imprensa foi proibida de acompanhar o ato e, segundo os assessores, a equipe de comunicação do Legislativo também não teve acesso ao evento. A justificativa dada foi que o gabinete da presidência era pequeno para abrigar a todos. No ato estiveram presentes todos os vereadores, além do prefeito, segundo a assessoria.

Pavan assumiu a prefeitura na semana passada depois que a Justiça Eleitoral cassou um efeito suspensivo que mantinha Edson Moura Júnior (PMDB) no cargo. Moura Júnior, eleito em 2012, foi cassado por abuso do poder econômico.

Atos

Entre sexta e ontem, o prefeito cancelou uma licitação de R$ 2,5 milhões para a realização do Carnaval, cancelou o projeto de incentivo à produção de filmes, a Paulínia Filmes, e retirou projetos que estavam na Câmara, como a criação de quatro novas secretarias (veja matéria na página 3).

Na semana passada, o prefeito afirmou que precisou de uma ordem judicial para entrar na Câmara e ser oficializado no cargo, pois o local estava fechado e os funcionários tinham ido embora. A presidência da Câmara havia marcado a posse para ontem e não reconheceu o ato de sexta-feira, segundo um membro da assessoria de imprensa do Legislativo.

Até mesmo para ocupar a prefeitura Pavan divulgou que teve dificuldades. A equipe do prefeito afirmou que foi preciso chamar um chaveiro para abrir portas e gavetas do prédio, pois estavam todas trancadas.

O presidente da Câmara não quis comentar o fato com a imprensa. Um dos assessores informou apenas que a posse de sexta-feira não foi reconhecida e que Pavan teria de passar por um novo ato.

Decisão não cabe à Câmara, diz especialista

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar

Variedades

Oportunidades